
Cada vez mais, nos dias de hoje, falamos em prevenção. Os pais também têm procurado profissionais especializados (Ortodontista), cada vez mais cedo e a questão dentária dos filhos não deve ficar para trás.
De maneira geral, as crianças devem ir à primeira consulta com um Odontopediatra até 6 meses após da erupção do primeiro dente de leite. Após esse acompanhamento, aos 3 anos já é indicado uma primeira avaliação com um Ortodontista.
Essa consulta tem a intenção de avaliar situações que podem causar maloclusões dentárias ou afetar como um todo o desenvolvimento normal da face e oclusão da criança.
É importante saber se a criança faz uso de chupeta, mamadeira ou até mesmo se ela chupa o dedo ou se continua com a amamentação do peito da mãe.
Cada uma dessas questões pode causar efeito direto e é sempre interessante orientar os pais sobre esses hábitos, conhecidos como deletérios. Nessa idade não é recomendável fazer intervenções ortodônticas, por vários fatores, inclusive pela criança não ter maturidade e/ou discernimento para entender o tratamento.
Após, aos 5 anos de idade, se instaladas, já podemos identificar alguns tipos de maloclusões na dentição decídua. Situações como: mordida aberta, mordidas cruzadas anteriores e posteriores podem ser tratadas enquanto a criança possui apenas dentes de leite.
Por volta dos 6, 7 anos, a presença do primeiro molar permanente caracteriza o início da dentição mista (quando a criança possui dentes de leite e permanentes ao mesmo tempo na arcada).
Essa fase já nos permite identificar outros tipos de variações e, dependendo de algumas características, é possível tratá-las ou apenas torná-las menos agressivas para serem corrigidas futuramente na dentição permanente.
O que também pode ocorrer, é a criança ter uma maloclusão instalada e não ser a época correta para tratar. O Ortodontista deve explicar de forma que tranquilize os pais, tendo em vista que, algumas vezes a ansiedade em resolver algumas situações logo, pode inclusive, atrapalhar o planejamento ou causar um tempo de tratamento estendido e desnecessário.
Por: Dra. Laíse de Azevedo Ferrony
– CRO-RS 2143
– Cirurgiã-Dentista
– Especialista em Ortodontia
– Mestranda em Ciências Odontológicas